Um maciço rochoso é um conjunto de blocos de rochas sobrepostos e articulados que compõem a superfície da Terra. A rocha intacta constitui a matriz do maciço rochoso, sendo ela o material que forma os blocos. As superfícies que os delimitam são denominadas de descontinuidades.

Os métodos de lavra escolhidos em uma pedreira de rochas ornamentais é fundamental para a condução adequada dos trabalhos de planejamento e de execução. Na fase de definição do método, os erros podem gerar custos excessivos de produção e diminuir a vida útil da pedreira. Abaixo, listamos alguns métodos de lavra:

Consiste em um método com bancadas horizontais baixas, em que uma das dimensões do bloco final não deve ultrapassar 3 metros, uma vez que o bloco final é retirado da cava com as dimensões adequadas para o uso nos teares.

Esse método é recomendado para materiais homogêneos, sendo muito flexível para a identificação das partes sãs que serão utilizadas na forma de blocos.

A mecanização da extração é facilitada devido à grande extensão horizontal do espaço. Essa flexibilidade facilita a movimentação de equipamentos (perfuratrizes, carregadeiras) e de blocos.

É um método vantajoso em termos de segurança do trabalho, pois evita e reduz de forma considerável o risco de acidentes graves, além de possibilitar um controle minucioso da frente de lavra.

O método de bancadas altas é geralmente usado quando o maciço possui uma altura de 6 a 16 metros.

Consiste na abertura de bancadas que variam de 3 a 6 metros de largura e 40 metros de comprimento, podendo-se utilizar diferentes tecnologias de corte, em especial o fio diamantado. Este método é caracterizado pela grande incidência de perfuração para fazer a subdivisão em blocos com dimensões adequadas à serragem. Porém, ele é mais oneroso que o método de lavra por bancadas baixas, uma vez que requer uma maior quantidade de mão-de-obra e equipamentos.

O desabamento pode ser feito por painéis (horizontais ou verticais). O painel horizontal é recomendado quando o relevo tem inclinação baixa, enquanto que com o painel vertical o relevo necessariamente deve ser íngreme.

É um método que exige pouco conhecimento técnico. Geralmente se utiliza um colchão de areia para amortecer a queda da prancha com o objetivo de diminuir o impacto no solo. Algumas das principais vantagens são: baixo custo de operação e investimento inicial.

Neste caso, a área explorada só pode ser vista de níveis mais elevados. Uma das desvantagens é que atinge facilmente o lençol freático e o bombeamento de água do interior da cava costuma ter a necessidade de ser constante. O acesso à frente da lavra é feito através de escadas (do tipo marinheiro) ou de guindastes.

Esse método é mais oneroso que o do tipo fossa, pois possui rampas laterais com forte inclinação, que são utilizadas para dar acesso à frente de lavra. Problemas com inundações e acidentes de trabalho são comuns nas pedreiras que utilizam esse método

Devido à existência de inúmeros depósitos de rochas ornamentais aflorantes, ou próximos à superfície, a lavra subterrânea é ainda pouco utilizada. Seu uso é justificado em casos de jazidas de rochas de qualidade excepcional, com alto valor no mercado.

A principal mina subterrânea localiza-se nos EUA, no estado de Vermont. Sua operação foi iniciada em 1870 a céu aberto, passando a subterrânea em 1907.

Consiste em uma camada horizontal de mármore com cerca de 500 metros de profundidade, lavrada pelo método de câmaras e pilares, com câmaras e pilares de 15 a 20 metros de largura cada uma.

A lavra subterrânea tem como vantagem um impacto ambiental pequeno na superfície. Por outro lado, a lavra subterrânea apresenta grandes dificuldades operacionais, problemas geomecânicos, maior risco de acidentes e custo de lavra mais alto que a de lavras a céu aberto.